Unbridled! Thoughts on times of self-begetting and violence.

Mind is multi-levelled displaying an eons-long prehistory, while as Freud well knew civilization is new and frail: in biological evolution Thanatos long antecedes Eros. Complex intraspecies interchanges in higher animals proceeding by analogic communication give a firm place to Freudian Dingvorstellungen. Self-recognition and reflective thought come exceedingly late, in apes, requiring affectionate baby-mother mirroring. Deriving from inquiry on ego-dystonic neuroses, psychoanalysis must in the Age of Media deal with ego-syntonic pathologies sporting a demise of self-observation and self-reflection: borderline, autistic and autistoid disturbances. The 'epidemy of autism' offers fertile ground for very early psychoanalytic intervention, here briefly illustrated clinically. But on the other side, adolescent and post-adolescent disturbances cover a range going from autistoid retraction to more and more defiant if not violent protagonistic self-begettings, often propelled by overriding feelings of victimhood: filio-parental violence is the offshoot. Postmodernist ideologies accompany and fuel such trends.

Contacting a 19 month-old mute autistic girl: a clinical narrative.

Conveying that psychoanalysis offers rich opportunities for the very early treatment of autistic spectrum disorders, this clinical communication unfolds the clinical process of a 19-month-old 'shell-type' encapsulated mute autistic girl. It details how, in a four-weekly-sessions schedule, infant Lila evolved within two years from being emotionally out-of-contact to the affective aliveness of oedipal involvement. Following Frances Tustin's emphasis on the analyst's 'quality of attention' and Justin Call's advice that in baby-mother interaction the infant is the initiator and the mother is the follower, it is described how the analyst must, amid excruciating non-response, even-mindedly sustain her attention in order to meet the child half-way at those infrequent points where flickers of initiative on her side are adumbrated. This helps attain evanescent 'moments of contact' which coalesce later into 'moments of sharing', eventually leading to acknowledgment of the analyst's humanness and a receptiveness for to-and-fro communication. Thus the 'primal dialogue' (Spitz) is reawakened and, by experiencing herself in the mirror of the analyst, the child's sense of I-ness is reinstated. As evinced by the literature, the mainstream stance rests on systematic early interpretation of the transference, which has in our view strongly deterred progress in the psychoanalytic treatment of autistic spectrum disorders.

Alcance e limites da simbolização e da representação dos processos psíquicos nas filosofias, na psicanálise e nas neurociências / phenomenology, Habermas, neurosciences, Kandel, early psyche, autism epidemic, procedural or implicit memory, verbal or explicit memory, virtual culture media / The range and limits of symbolization and representation of mental processes in the philosophies, psychoanalysis and neurosciences

Frente às mudanças das psicopatologias que hoje nos acabrunham como psicanalistas e, inclusive, como cidadãos, o presente trabalho pretende deslindar se tais mudanças, no início do psiquismo, são, em princípio, passíveis de serem abrangidas pelas filosofias – exemplificadas pela fenomenologia de Habermas – ou pelas neurociências. A fenomenologia só chega a vislumbrar tentativamente e, como uma periferia, a ocorrência de fenômenos psíquicos por fora do modelo do texto a que se cinge, enquanto as neurociências só timidamente ampliam seu campo de estudo para além do cartesianismo de base de seus modelos mecânicos. Para tal fim, questiona-se a distinção, pelas neurociências, de uma memória procedimental ou implícita, que supõem não distinguir indivíduos ou eventos, e uma memória explícita, que só apareceria a partir de dois a três anos. Fica, pois, para a psicanálise, localizada na linha do naturalismo amplo de Freud, distante dos cartesianismos, conciliar seu devido lugar com o estudo das incidências da cultura dos meios sobre a simbolização e a representação, em especial quanto ao psiquismo precoce, no marco da atual epidemia de autismo(AU)

Due to the changes of psychopathology that overwhelm us today as psychoanalysts as well as citizens, this study aims to disentangle whether such changes at the beginning of the psyche are capable of being covered by the philosophies – exemplified by Habermas phenomenology – or by the neurosciences. The phenomenology only reaches a glimpse and as a periphery, the occurrence of psychic phenomena outside its text, while the neurosciences only maidenly extend its field of study beyond the Cartesian base of their mechanical models. Therefore, it is questioned the distinction done by the neurosciences of a procedural or implicit memory, which seems not to distinguish individuals or events, and of an explicit memory, which only appear after two to three years of age. Thus, it is for psychoanalysis, coming from the wide naturalism of Freud, far from the Cartesian notion, to reconcile its place in the study of the effects of the virtual culture media on the symbolism and representation, especially regarding the early psyche, within the framework of current epidemic of autism(AU)

Ante los cambios de las psicopatologías que hoy nos abruman como psicoanalistas e incluso como ciudadanos, el presente trabajo apunta a deslindar si dichos cambios, a punto de inicio en el psiquismo temprano, son en principio abarcables por las filosofías – ejemplificadas por la fenomenología de Habermas – o por las neurociencias. La fenomenología sólo llega a vislumbrar tentativamente y al modo de una periferia la ocurrencia de fenómenos psíquicos por fuera del modelo del texto al cual se ciñe, en tanto que las neurociencias sólo tímidamente amplían su campo de estudio más allá del cartesianismo de base de sus modelos mecánicos. A tal fin se cuestiona la distinción por las neurociencias de una memoria procedimental o implícita, que supone no distinguir individuos o eventos, y una memoria explícita que aparecería recién a partir de los 2-3 años. Queda pues para el psicoanálisis, ubicado en la línea del naturalismo amplio de Freud lejos de los cartesianismos, acordar su debido lugar al estudio de las incidencias de la cultura de los medios sobre la simbolización y la representación, en especial en cuanto al psiquismo temprano, en el marco de la actual epidemia del autismo(AU)

Alcance e limites da simbolização e da representação dos processos psíquicos nas filosofias, na psicanálise e nas neurociências / phenomenology, Habermas, neurosciences, Kandel, early psyche, autism epidemic, procedural or implicit memory, verbal or explicit memory, virtual culture media / The range and limits of symbolization and representation of mental processes in the philosophies, psychoanalysis and neurosciences

Frente às mudanças das psicopatologias que hoje nos acabrunham como psicanalistas e, inclusive, como cidadãos, o presente trabalho pretende deslindar se tais mudanças, no início do psiquismo, são, em princípio, passíveis de serem abrangidas pelas filosofias – exemplificadas pela fenomenologia de Habermas – ou pelas neurociências. A fenomenologia só chega a vislumbrar tentativamente e, como uma periferia, a ocorrência de fenômenos psíquicos por fora do modelo do texto a que se cinge, enquanto as neurociências só timidamente ampliam seu campo de estudo para além do cartesianismo de base de seus modelos mecânicos. Para tal fim, questiona-se a distinção, pelas neurociências, de uma memória procedimental ou implícita, que supõem não distinguir indivíduos ou eventos, e uma memória explícita, que só apareceria a partir de dois a três anos. Fica, pois, para a psicanálise, localizada na linha do naturalismo amplo de Freud, distante dos cartesianismos, conciliar seu devido lugar com o estudo das incidências da cultura dos meios sobre a simbolização e a representação, em especial quanto ao psiquismo precoce, no marco da atual epidemia de autismo

Due to the changes of psychopathology that overwhelm us today as psychoanalysts as well as citizens, this study aims to disentangle whether such changes at the beginning of the psyche are capable of being covered by the philosophies – exemplified by Habermas phenomenology – or by the neurosciences. The phenomenology only reaches a glimpse and as a periphery, the occurrence of psychic phenomena outside its text, while the neurosciences only maidenly extend its field of study beyond the Cartesian base of their mechanical models. Therefore, it is questioned the distinction done by the neurosciences of a procedural or implicit memory, which seems not to distinguish individuals or events, and of an explicit memory, which only appear after two to three years of age. Thus, it is for psychoanalysis, coming from the wide naturalism of Freud, far from the Cartesian notion, to reconcile its place in the study of the effects of the virtual culture media on the symbolism and representation, especially regarding the early psyche, within the framework of current epidemic of autism

Ante los cambios de las psicopatologías que hoy nos abruman como psicoanalistas e incluso como ciudadanos, el presente trabajo apunta a deslindar si dichos cambios, a punto de inicio en el psiquismo temprano, son en principio abarcables por las filosofías – ejemplificadas por la fenomenología de Habermas – o por las neurociencias. La fenomenología sólo llega a vislumbrar tentativamente y al modo de una periferia la ocurrencia de fenómenos psíquicos por fuera del modelo del texto al cual se ciñe, en tanto que las neurociencias sólo tímidamente amplían su campo de estudio más allá del cartesianismo de base de sus modelos mecánicos. A tal fin se cuestiona la distinción por las neurociencias de una memoria procedimental o implícita, que supone no distinguir individuos o eventos, y una memoria explícita que aparecería recién a partir de los 2-3 años. Queda pues para el psicoanálisis, ubicado en la línea del naturalismo amplio de Freud lejos de los cartesianismos, acordar su debido lugar al estudio de las incidencias de la cultura de los medios sobre la simbolización y la representación, en especial en cuanto al psiquismo temprano, en el marco de la actual epidemia del autismo

From mimesis to agency: clinical steps in the work of psychic two-ness.

In this paper, through the study of the clinical process of a girl starting treatment at the age of 3 years 10 months, who was thought of as a 'dummy' by her family and who came for consultation when the assumed genetic aetiology was questioned, the authors build upon Tustin's contributions on the context of togetherness and the crisis of two-ness, and upon Eugenio and Renata Gaddini's on the precursor object. The mimetic phenomena enacted with an older brother and at the kindergarten are found to result from cumulative trauma at her contacting a loving but mind-blind mother. After an initial stage of transference autism, enactment in the session of the traumatic situation was the ?rst step in surmounting her autistic pseudo-stupidity. Mimetic transference dynamics took place principally at the level of the gaze, leading to the unfolding of the work of two-ness to a differentiation from the analyst as psychic breast, on the road to symbol formation and personal agency.

A objetividade no contexto clínico: o duplo trabalho das evidências

Este trabalho sustenta que a tarefa clínica da psicanálise dá lugar a um duplo trabalho das evidências, cujo deslinde é assunto de analisando e analista. As interpretações do analista são, fundamentalmente, conjecturas em busca da representatividade e dos esclarecimentos das evidências, de forma que o analisando guarda para si – para o melhor e para o pior – o papel de árbitro epistêmico. Esse fato e a presença de paradoxos que se atravessam no caminho do crescimento psíquico referem-se, quanto à objetividade clínica, à operação contra-indutiva no deslinde de um realismo de formas ou padrões, na realidade psíquica do analisando, que se contrapõe a linearidades nascidas nos realismos teóricos. Nas vicissitudes do início de um tratamento, o material clínico ilustra a multiplicidade de níveis e os paradoxos que entram em jogo no deslinde das realidades psíquicas por parte da analisanda e do analista.(AU)

Crise da cultura e crise da psicanalise

A chamada 'crise da Psicanalise' deriva de uma crise do pensar a respeito de si mesma na sociedade global, crise em cuja genese tem papel principal a passagem da aculturacao no meio familiar e a cultura do escrito ate a aculturacao nos meios visuais, isto e, em realidades mais e mais 'virtuais'. Dai resulta uma evitacao das perdas prematuras e um deficit identificatorio, traduzidos na ubiquidade das adolescencias interminaveis e na substituicao da reflexao pelo uso da mente-como-musculo. As mudancas na psicopatologia no decorrer de decadas - que se retomam com Gaddini ate se chegar, hoje, as 'psicopatologias da gratificacao peremptoria' - mostram uma ambiguidade crescente, levando a uma 'autarquia', mediante defesas mimeticas vividas como essenciais para a sobrevivencia psiquica, convertendo o insight em ameaca temida. Problemas mais especificos resultam das dificuldades internas das sociedades e das divulgacoes academicas da Psicanalise que supoem resgatar seus 'conceitos', ao mesmo tempo que abandonam o metodo.